Há 10 anos atrás dei um primeiro passo para o meu tapete de yoga.
E nunca mais saí dele, na verdade.
De início, havia o movimento, as posturas a repetir e um reaprender a respirar. Mas ainda me era difícil levar do tapete para fora aquela sensação de libertação pós-prática e os breves silêncios que encontrava de olhos fechados. Podia estar 10 minutos em meditação e irritar-me com algo mal abria os olhos. Quem pôs estes legos no meio do corredor? Soa-te familiar?
O caminho para uma presença mais autêntica na minha própria vida começou por necessidade. Uma urgência em resgatar-me e despir-me do que não me pertencia mais. E este trabalho começou na mente. Onde eu estava na altura. Mais racional do que sensitiva. Mais planeadora do que espontânea. Mais rígida do que compassiva.
Não quero com isto dizer que uma característica seja melhor do que a outra. Melhor mesmo seja talvez um encontro de ambas, alinhadas com quem somos. Mas era onde eu me encontrava e o desequilíbrio entre as duas era colossal. Já te sentiste neste lugar?
Nesta busca, fiz terapia de conversação, utilizei a escrita de forma estruturada, coaching, li muito, fiz formações…Se ajudou? Sem dúvida. Fez parte desse percurso que percorria de regresso a mim. Mas foi quando me permiti introduzi o corpo e a minha intuição na equação que senti maior transformação.
Quando construí a ponte entre o que praticava no meu tapete e o meu dia a dia, os dois começaram a fundir-se. (Podia ter usado esses legos para o fazer, agora que penso nisso.) Passei a permitir-me levar a frustração para o tapete e transformá-la lá em algo mais leve. Movimento, respiração, presença. Mas mais impactante ainda, passei a permitir-me ver o meu dia a dia como uma extensão do meu tapete.
Um espaço onde também posso ser eu, sem filtros. Onde me permito dizer “não” porque é o que, no fundo, sinto e aceitar que não estou a participar nessa grande corrida, mas a viver uma experiência. Um lugar onde posso planear, mas também deixar espaço para mudar de ideias, onde me posso desequilibrar e voltar ao meu centro, sempre que for preciso. E rir enquanto o faço.
Foi quando me permiti sentir a prática do meu yoga e não a desempenhá-la, que voltei aos poucos a escutar o meu corpo. Comecei a compreender os meus padrões, vozes interiores e postura perante desafios, sem ser preciso falar ou usar a razão. Encontrei nesta prática mais sensorial uma oportunidade para apurar essa sintonia comigo mesma. Aquela que se me mantém ligada mesmo quando sais do tapete.
Experimenta…
Fazer uma respiração completa antes de responderes (revirar os olhos é batota!) - exercita a pausa
Sacudir o teu corpo quando estás sem energia ou desmotivada - agitar onde está estagnado
Trazer o foco para as sensações do teu corpo quando o passado ou futuro causam ruído - o que sentes agora é o teu presente, palpável
Aprendemos a confiar no nosso gut feeling sobre os pequenos (e grandes) passos a dar, a lidar com os desafios com criatividade e descobrimos, aos poucos, que não é preciso complicar o caminho de volta. Quando deixamos o nosso corpo expressar-se e o ouvimos, torna-se tão mais natural sermos nós.
Podes fazer a tua jornada de diferentes formas e não precisas fazê-la sozinha. Mas, seja qual for a ou as práticas que escolhes, dá uma oportunidade para explorares a conexão com o teu corpo e todo o conhecimento que tens nele, pronto a ser sentido e trazido ao de cima.
Se escutares o teu corpo agora…o que muda? Uma linda semana pra ti!
Com carinho,
Si
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