A escrita sempre fez parte da minha vida, desde que aprendi a fazê-lo. Entre diários, histórias, mais tarde, livros, agendas e journaling terapêutico, de uma forma ou de outra, esteve sempre presente nas minhas rotinas. Mas, como em tudo, há momentos em que nos afastamos do que nos faz bem.
Nos últimos tempos, o foco da minha prática de journaling foi direcionado para o planeamento e organização. Como única responsável pelo meu negócio, como mãe, dona de uma casa…deixei-me levar pelo que havia para fazer e acabei por me distanciar da escrita reflexiva que tanto adoro. Contudo, há momentos assim nas nossas vidas, em que temos de avançar, expandir, melhorar processos e implementar novos. E está tudo bem.
Não houve nada de errado com este afastamento. Continuei com a escrita desta newsletter que adoro, continuei com a minha prática pessoal de yoga, nas suas diferentes formas, com as caminhadas meditativas e as conversas filosóficas. Tudo formas de me conectar comigo e com o que estou a experienciar, de me expressar e de processar. Mas senti falta de conversar com o meu journal pessoal, o meu amigo de longa data.
Apesar de estar em modo “para a frente é o caminho” há alguns meses, se eu não dedicar tempo a refletir sob a forma escrita, sinto que me vou desenraizando dos meus valores, esquecendo o meu “porquê” e afastando do meu equilíbrio. Porque o meu journal chama-me há razão! Relembra-me o que é importante para mim e volta a colocar-me no caminho desfrutando dele, estando presente e não no que vem lá à frente.
Então, queria voltar ao meu journaling reflexivo, às conversas comigo, sem agenda, planos ou metas. Mas olhava para aquelas páginas e a minha cabeça estava cheia, acelerada. De tal forma que não conseguia agarrar nenhuma ideia para a pôr no papel. E esse papel, essa página, parecia enorme e intimidante. Como assim não consigo escrever para mim, deixar fluir? Era um sinal de que tinha de dar um passo atrás. Abrandar para voltar a avançar.
Dar um passo atrás para conseguir dar dois em frente. Mas um de cada vez!
Voltei a cortar afazeres, a delegar algumas tarefas, a investir ainda mais na organização da minha agenda, mas com menos compromissos. Mantive a minha prática pessoal de yoga focada no desacelerar, trazer clareza e presença, e voltei a correr. Confesso que correr não é a atividade que mais me cativa, mas sei e sinto o quanto me faz bem, durante e depois. E regressei à pagina em branco do meu journal. Mas, ainda assim, não fluiu.
Perguntei-me sobre o que me estaria a bloquear, meditei sobre isso com o journal nas minhas mãos e escolhi levar o lema de dar um passo atrás também à escrita. Arranjei uma agenda sem datas que tinha cá por casa, daquelas em que só têm umas 4 ou 5 linhas para cada dia e propus-me escrever algo nessas linhas, todos os dias. E senti-me voltar ao tempo da escola primária. Já explico!
Quando andava na escola primária, ao contrário de muita gente, o meu problema (se é que lhe podemos chamar de problema) com a escrita das composições era a escassez de linhas para escrever tudo o que eu queria. Geralmente, nas linhas que a professora deixava disponíveis, eu só conseguia escrever a introdução. Precisava de mais espaço, quase sempre. E, então, tinha de cortar frases abreviando a minha composição ao passar a limpo.
E o mesmo aconteceu com estas 4 ou 5 linhas da agenda. No primeiro dia escrevi em todas elas e senti uma enorme alegria de voltar a conversar comigo. Nos dias seguintes, comecei a escrever para além das linhas. Começou a escrita na vertical na margem da agenda, os asteriscos e as notas de rodapé. Estava de volta! Regressei ao meu journal (estava provavelmente a sentir-se traído) e a escrita fluía mais uma vez.
Tanto na minha escrita reflexiva ou conexão comigo, como na expansão do meu negócio e projetos pessoais, foi importante dar este passo atrás, este apertar o fluxo para o voltar a soltar. E correu muito melhor.
Como fazes quando te sentes em sobrecarga, a fugir do teu centro ou até a deixares-te levar e afastares-te de ti? Podes responder a este email, se quiseres partilhar diretamente comigo. Adoraria conversar contigo!
No que eu puder ajudar a tornar a tua jornada mais leve…estarei por aqui! Podes visitar esta página e descobrir como.
Uma linda semana para ti!
Com carinho,
Si
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